Com a abundância de informação que hoje acessamos corremos o risco de confundi-la com conhecimento, o fizemos com frequência.
Conhecimento é a organização criteriosa da informação, requer verificação de fonte, qualidade hermenêutica/teórica de análise.
Conhecimento é fruto de trabalho acurado de sistematização da informação, é mais demorado e contínuo.
A pressa e a preguiça nos levam a crer e não a compreender. Nos levam a reproduzir sofismas empolgados.
Ter a informação como base do nosso entendimento é assumir o risco de ser pensado por quem produz a informação na sociedade, no caso brasileiro, poucas famílias.
A inteligência não é uma qualidade inata, mas um exercício regular de interligação, de associação de ideias, fenômenos e notícias.
Informação é uma das matérias primas do conhecimento, se pautar em informação isolada sem conhecer determinado tema e tirar conclusões apressadas, ou ainda, defender apaixonadamente ponto de vista assim concebido, é arriscado.
O esforço intelectual que produz conhecimento não é banal ou fruto de inspiração, é cotidiano, requer tempo e condições favoráveis.
A confusão entre informação e conhecimento pode nos fazer crer, por exemplo, que terceirização é modernização, que redução da maioridade penal é combate ao crime, que educação e saúde são gastos e não investimentos, logo passíveis de cortes etc...
Gregório Grisa
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