Deveríamos também fazer essa distinção entre Política e Religião, não se trata de ser contra a liberdade religiosa de qualquer cidadão, mas do fato de separar esferas da sociedade que a história já demonstrou que não podem ser confundidas.
"O discurso científico oficial, desde o Iluminismo e mais ainda hoje, não tolera nenhuma menção à religião. O papel da religião em ciência transformou-se profundamente, de ator a uma memória proibida, quase embaraçosa.
Será que essa separação entre ciência e religião é realmente necessária? Sem dúvida. O discurso científico deve ser livre de qualquer conotação teológica. Invocar religião para cobrir falhas no nosso conhecimento é , a meu ver, uma atitude anti-científica. Se existem falhas no nosso conhecimento (e sem dúvidas existem), devemos preenche-las com mais ciência e não com especulação teológica. Em outras palavras, não é o "Deus tapa buracos", invocado toda vez que atingimos o limite das explicações científicas, que faz com que a religião tenha um papel dentro do contexto científico."
Marcelo Gleiser em " A Dança do universo", na página 187.
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