A escola no campo.
Acorda cedo, se arruma
Caminha alguns quilômetros
Senta, aprende o que não existe
Aprende o que esta distante... aprende?
Volta pelo mesmo caminho que veio
E descobre que ao aprendeu nada além de que nada deve aprender
Em casa, se pergunta se pode sonhar
E dorme...
Sem saber quando vai acordar.
Aos trabalhadores.
Somos a força motriz da engrenagem
Que nos faz ficar parados
Enquanto ela se movimenta.
A escola do MST.
Sim, ela existe e
Acredita na construção
De uma nova sociedade
Em que seja capaz de unir
Homens e mulheres
Que lutam pela vida
Pela necessidade da luta
Mais um sonho de concretiza
Muito longe vamos chegar
Sozinhos não estamos, pois
Pela escola da vida lutamos.
OBS: Segue mais uns poema do Vico Calheiros
Um comentário:
Gostei do poema. Me fez pensar que a força motriz da engrenagem anda muito "líquida" nos últimos anos. Perdeu o sonho de mover moinhos. A engrenagem engessou o sonho da classe (utopia) porque convence-a a não buscar ter consciência de si nem para si.
O MST e suas escolas são a mosca na sopa dos donos das engrenagens: porque os homens e mulheres que ali se encontram tem esta consciência e lutam.
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