quinta-feira, dezembro 03, 2009

Poemas

A escola no campo.

Acorda cedo, se arruma

Caminha alguns quilômetros

Senta, aprende o que não existe

Aprende o que esta distante... aprende?

Volta pelo mesmo caminho que veio

E descobre que ao aprendeu nada além de que nada deve aprender

Em casa, se pergunta se pode sonhar

E dorme...

Sem saber quando vai acordar.

Aos trabalhadores.

Somos a força motriz da engrenagem

Que nos faz ficar parados

Enquanto ela se movimenta.

A escola do MST.

Sim, ela existe e

Acredita na construção

De uma nova sociedade

Em que seja capaz de unir

Homens e mulheres

Que lutam pela vida

Pela necessidade da luta

Mais um sonho de concretiza

Muito longe vamos chegar

Sozinhos não estamos, pois

Pela escola da vida lutamos.


OBS: Segue mais uns poema do Vico Calheiros

Um comentário:

Andréia disse...

Gostei do poema. Me fez pensar que a força motriz da engrenagem anda muito "líquida" nos últimos anos. Perdeu o sonho de mover moinhos. A engrenagem engessou o sonho da classe (utopia) porque convence-a a não buscar ter consciência de si nem para si.
O MST e suas escolas são a mosca na sopa dos donos das engrenagens: porque os homens e mulheres que ali se encontram tem esta consciência e lutam.