sábado, maio 16, 2009

Lost


As vezes me culpo por gostar de Lost, é um seriado americano, muitos diriam "um enlatado com viagens no tempo e relações amorosas clichês". E ainda por cima a série se orienta por teorias da física quântica pós-moderna, passeia pela teoria do Caos e é bastante influenciada por fábulas religiosas e pela mitologia egípcia e grega. Com todos esses ingredientes se torna mais contraditório ainda gostar da série? Creio que nem tanto.
Lost é intrigante por três razões básicas: é criativamente escrita, é essencialmente dialética (o que acarreta um conjunto de qualidades) e tem uma dinamicidade singular. Diferente da maioria das tramas criadas na televisão e no cinema, Lost exige que você procure, pergunte, indague, isto é, provoca você na medida em que te faz estudar. Aí não me prendo ao conteúdo, mas ao fato por si só. Cada leitura que se faz, cada pesquisa realizada é sinônimo de raciocínio e, agora sim dependendo do conteúdo, pois a série remete a vários, de acréscimo cultural.
Hoje assisti ao final da quinta temporada e ao passo que muitas coisas se explicam, outras perguntas são produzidas e agora só resta uma temporada pra o final, que provavelmente não será fechado nem tão claro.
Para quem não acompanha o seriado e um dia vai alugar os DVDs ou está começando a olhar na tv, antecipo que é necessário deixar-se levar pela mitologia da série e aceitar seu forte caráter ficcional, caráter esse que quando muito irreal não simpatizo, porém Lost é a melhor exceção até hoje. Vale a pena!

Um comentário:

Anna Luiza disse...

Gregório Medeiros